Você já ouviu falar de brain fog? Apesar de não ser exatamente um termo técnico, tem sido utilizado pelos cientistas para caracterizar alguns sintomas como: dificuldade na memória e/ou concentração, confusão, dor de cabeça, dentre outros.
O brain fog é conhecido por ser relatado em casos de depressão, tratamento de quimioterapia, gravidez, hipotireoidismo, menopausa e mais recentemente passou a ser pauta dos recuperados da Covid-19
Estudos mostram que mesmo após sumirem os sintomas da covid , o brain fog pode persistir por semanas e até mesmo meses.
Os impactos no dia a dia foram avaliados por pesquisadores através de um fórum criado para que as pessoas pudessem relatar suas dificuldades nos meses subsequentes à contração de covid. Dentre as principais alterações observou-se modificação na qualidade do sono, prejuízos no rendimento durante o trabalho (também atribuído à ansiedade e estresse) e dificuldade em manter atenção e resgatar memórias.
Parte dessa alteração pode ser justificada pelo isolamento social, além disso o fórum pode ser visto como uma pesquisa com amostra de conveniência (indivíduos selecionados pela disponibilidade e prontidão e não por critérios estatísticos).
Ainda assim, estudos de imagens indicam prováveis alterações nas regiões responsáveis pela memória e manutenção da atenção possivelmente causadas pela covid-19.
Os artigos sugerem ainda que essas alterações ocorrem independente da gravidade da doença ou da idade.
Dessa forma, ainda que em pouca quantidade, e bastante recentes, as pesquisas já trazem alguns indicativos importantes para o futuro. Sendo assim, que tal exercitar um pouquinho o cérebro?
Dentro da musicoterapia diversas técnicas são utilizadas para exercitar atenção e resgate de memórias.
Uma delas é cantar a melodia de uma música conhecida e depois ir anotando as partes da letra que você se lembra. Em seguida você pode ler e conferir se acertou tudo.
Outra atividade legal é cantar e bater palmas junto, mas calma, se você já faz isso com frequência e essa atividade está muito fácil, experimente bater os pés no chão como se estivesse marchando: pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo, pé direito. Você também pode bater palmas enquanto bate os pés no chão. Essa atividade pode dar “um nó” na cabeça, mas depois de um tempo fica mais simples.
Independente disso, ao observar os sintomas procure sempre ajuda de um profissional. Então, bora fazer uma visitinha ao médico e se der vontade de exercitar mais o cérebro com música, procure o musicoterapeuta mais próximo de você!
E pra conferir as informações na íntegra, aqui estão os artigos! Boa leitura
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2589537020302285
https://iubmb.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/biof.1726
https://link.springer.com/article/10.1007/s00415-021-10655-x#Sec4
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2589537020302285
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2589537021002996